Postagens

Mostrando postagens de junho, 2015

No silêncio

Quando o silêncio fala mais alto. Ouço uma voz dentro de mim. Que não fala coisa com coisa. Nem mostra marcas do fim. Quando o silêncio afeta a alma. Sinto vontade de gritar pra dentro. Mas, não é lícito perder a calma. Gritar, falar, qualquer pensamento.  Quando o silêncio vence a fala. Sinto que tenho que me calar. Qualquer sofrimento me abala. É impossível me controlar.  Quando o silêncio não tem nada a dizer. Sem motivos é simplesmente silêncio. Me pergunto toda hora o porquê. Porque se apossou de mim o silêncio. Quando para o silêncio não existe resposta. Quando não parece ter sentido a vida. E no silêncio se ouve o abrir de uma porta. E Deus te diz: Eis aqui Tua saída.

Dia e Noite

Dia.... O dia ao contrário da noite, esconde medos, incertezas e até revelações. O dia é amargo, insensível, corajoso, aventureiro, inescrupuloso e até agressivo. Noite... Depois que tudo dorme, contrariando o dia, o silêncio é ameaçador, e só, me encontro em meio a medos, incertezas e muitas revelações, constatações de erros do dia encorajador e que naturalmente me leva a atitudes assustadoras.  A noite tolerante, sensível, ponderada, meticulosa e ternamente reveladora, faz-me sentir repulsa de comportamentos e decisões diárias que não são nenhum pouco espirituais, mas se assemelham a alma, carnal, animadora e que impera o egoísmo. O dia mostra problemas como se fossem só meus. A noite revela coisas maiores, prioridades do espírito, partículas consideráveis e que envolvem outras pessoas. Então sofro por não saber resolve-los durante o dia com toda essa frieza. Choro! E então, chega a noite, que me revela o quanto fui egoísta, o quanto deixei de amar, deixei de adorar, de louvar...

Para quem escrevo

Era pra ser diário, os desabafos e desatinos expostos aqui. Mas algo se perdeu, mudou o rumo da vaidade, já não me entregava como deveria, mas me abstinha, pois necessitava. O que era comum de se jogar ao vento acabou se tornando rançoso e não havia mais necessidade, então morri pra isso e não mais sentia vontade sequer de ler meus desatinos já publicados.  Escrever pra que? Bastava apenas pensar, já que ninguém ia ler, se o objetivo de quem escreve é ser percebido, a necessidade de quem se expressa é evidenciar sentimentos, mas quando alguém se interessou pelos textos, pelo tom, pela vida, pela cor, pelo cheiro provável de quem escrevia aquilo que estava abandonado, jogado, largado, fadado ao fracasso. Então mudou novamente o rumo da vaidade, me jogando mais do que devo, desesperada por expor ideias, me entregando como nunca ao dom que outrora sufocado, já que não havia ideias nem desejo notável de escrever.  Revivi desejosamente lendo, relendo, pensando e escrevendo, conf...

Espaço em mim

Não é porque falo de dor, que não me deleito no amor. O meu amor é longânimo, me permite ser poeta e falar sem pensar, mas não é complacente, desaprova o meu erro e me ajuda a mudar, sou pecadora constante, buscando a misericórdia incessante.  Sinto tudo que falo e falo quase tudo que sinto, não sou de escrever sem sentir e nem sempre de sentir e escrever.  Tenho um temperamento destemperado, que nunca falta pimenta, talvez falte um chá de alecrim ou de amora, sei lá. Importante mesmo que eu quero alegar é que por mais que seja insana esta minha vida, esta minha história, creio que há sempre um pouco de razão no delírio, pois, como já disse alguém no passado, até pra ser louco tem que ser sábio. E mesmo em meio a insensatez, o amor encontrou espaço em mim, oxalá se ocupasse o resto, e então sem espaço, o desatino teria fim. 

Adaptado

Escreveria sobre realizações, se tivesse realizado. Falaria de meus sonhos, se os tivesse sonhado. De coisas interessantes, se tivesse me interessado. Sentiria saudades de um amor, se tivesse amado. Do que é mais importante, se tivesse me importado. Escrevo sobre o que não sei, por nunca ter aprendido. Falo da realidade, verdadeiramente do que não realizei. É tudo irrelevante, nada faz sentido, não tem que fazer. Superficial o amor, os sonhos que tive,  não os sonhei. À vontade dos outros, meus sonhos adaptei.

Sonhei com você

Hoje sonhei com você, nada muito importante, mas sonhei com você. Sonhei com você, me lembro pouco do sonho, mas sonhei com você. Sem nenhuma palavra e uma imagem só, mas sonhei com você. A saudade doeu mais forte ontem, e ao dormir, sonhei com você. Não sou de recordar sonhos, mas hoje eu me lembro, sonhei com você. Sonhei que apenas passava por mim, mas sonhei com você. Senti-me mais perto de ti, quando sonhei com você. senti  teu cheiro em mim, quando estava a sonhar com você. Tão forte presente e marcante, foi bom sonhar com você Parecia que estava aqui, mas eu só sonhei com você. Eu já sonhei outros sonhos, mas nunca tão real assim. Ao sentir o meu corpo percebo, sua roupa estava em mi m.

Anexo

Submetida a conviver com uma situação acentuada, desconfortável, mas benevolente batalha de amor, onde as opositoras sequer sabem mesmo brigar, no entanto estão sempre armadas prontas a atacar.  Na verdade se amam e se detestam, se irritam e se dedicam, não decidem e não sabem onde querem chegar, na verdade não tem onde chegar, não tem o que ganhar, e nem percebem que estão a perder.  Perdem um tempo que não volta mais, perdem oportunidade de viverem momentos únicos, perdem carinhos que são esperdiçados por tolices, ou será que não perdem, pois talvez imaginem que estão ganhando uma nova história, diferente do habitual.  Tecida de intrigas, ciúmes, malícias e falta de respeito, mas que não passam de excesso de liberdade, carinho e cumplicidade.  Conversas escandalosas que geram desconforto em todos que estão ao redor, não nas antagonistas em questão, entre elas fica ou está tudo bem, trocam favores entre gritos, desafetos, abraços, enfrentamentos, sorris...