Revolta e gratidão
Sei que esse assunto tem se tornado repetitivo, mas ainda assim sinto a urgência de falar sobre ele sempre que surge a vontade ou a necessidade. Expressar-me a respeito ainda me causa dor, mas, ao mesmo tempo, há um contentamento ao concluir cada texto, frequentemente acompanhada de um alívio. As palavras que saem do meu coração carregadas de angustia, revolta, gratidão e contentamento, embora dolorosas, me trazem certo reconforto. Normalmente, quando perdemos alguém que amamos, seja porque esta pessoa partiu pra sempre, faleceu, ou de outra forma se foi, é comum começarmos a nos questionar sobre o tempo desperdiçado, por não termos aproveitado mais a presença desse ente querido enquanto ele ainda estava entre nós. Isso aconteceu comigo e ainda acontece, sempre que me pego refletindo sobre a perda do meu pai. Culpo-me e arrependo-me repetidamente por não ter valorizado mais o tempo em que ele esteve conosco. Sou profundamente grata por ter tido a sorte de ter um pai como el...